“Novo normal”. Você já deve ter ouvido falar bastante desse termo ultimamente, não é? Desde que foi declarada a pandemia da covid-19, governos, empresas e sociedade buscaram alternativas para lidarem com uma nova realidade que se impôs de forma repentina. E, ao que tudo indica, veio para ficar. Nesse contexto, o home office deixou de ser uma possibilidade para se tornar o novo normal em muitas empresas.
Embora não seja novidade para algumas corporações, especialmente para as que atuam nas áreas de TI, Vendas e Comunicação, implantar o home office exigiu abrir mão de protocolos rígidos de produção. Cai em desuso, por exemplo, o controle diário da presença física dos colaboradores no local de trabalho e, consequentemente, o seu desempenho.
Pelo fato de o home office estar diretamente ligado ao universo digital, o ambiente pelo qual os colaboradores executam suas tarefas perde a importância. Isso porque o trabalho por essa modalidade, também chamada de trabalho remoto ou portátil, permite aos colaboradores trabalharem de casa, na rua ou de qualquer outro lugar.
Desse modo, mesmo as empresas que ainda não tinham o home office como prática efetiva, mas já utilizavam recursos digitais em suas rotinas, conseguiram implementar essa modalidade de trabalho com mais facilidade.
Tendência antecipada
O que a pandemia fez, na verdade, foi antecipar uma tendência que já vinha se mostrando cada vez mais presente no mercado de trabalho: o uso de redes sociais, sites, aplicativos e outras plataformas virtuais para fazer novos negócios, reuniões entre equipes e com os clientes, qualificação por meio da modalidade de Ensino à Distância (EAD) além do uso de sistemas operacionais para armazenar e gerenciar dados e arquivos da empresa.
Mas como toda mudança, migrar do trabalho físico para o portátil exige um mínimo de aparato material e virtual. E, ao contrário do que se pode imaginar, as pequenas empresas foram as que mais conseguiram migrar para o home office.
A facilidade se deve ao menor custo com multas contratuais na rescisão do aluguel do imóvel e sua consequente readequação para devolução e também à maior facilidade para gerenciar equipes menores à distância.
Pesquisa de Gestão de Pessoas na Crise de Covid-19, conduzida pela Fundação Instituto de Administração (FIA), revelou que as empresas pequenas foram as que conseguiram migrar mais funcionários: 52%.
Na mesma pesquisa, 70% das empresas abordadas planejam encerrar o home office ou reduzi-lo a apenas 25% dos funcionários quando a pandemia acabar. Porém, a medida vai contra o resultado positivo obtido pelas próprias empresas, que responderam ter se surpreendido com o desempenho dos profissionais no trabalho remoto.
Além disso, em pesquisa paralela, 70% das pessoas que trabalham em home office querem permanecer nesse regime.
Como a Responsabilidade Social Corporativa é cada vez mais cobrada das empresas, por meio de iniciativas que promovam o bem-estar da sociedade, incluindo o de seus colaboradores, várias empresas oficializaram o“novo normal” e irão mantê-lo após a pandemia. O que antes era uma alternativa, hoje mostra que é uma mudança irreversível.
A tendência, portanto, é as empresas encontrarem um meio-termo e instituírem o home office de forma parcial, caso seja imprescindível manter uma estrutura física. Até porque certas funções jamais poderão ser exercidas de forma remota, seja porque não são portáteis ou porque necessitam de intervenção humana direta.
Mas resistir à transformação e querer que o mundo volte a ser como antes da pandemia, além de ser uma postura conservadora, pode custar a sobrevivência do próprio negócio.
Vantagens do home office
- Diminuição de vários custos, tais como energia, água, manutenção da infraestrutura, manutenção predial etc.;
- Líderes e colaboradores da empresa terão a oportunidade de ficar mais próximos da família;
- Otimização do tempo com deslocamento;
- Redução do estresse e dos custos com o trânsito;
- Possibilidade de uma alimentação mais saudável;
- Desenvolvimento da habilidade de autogerenciamento.
Fonte: Sebrae
Conduta profissional
Assim como as vantagens do “novo normal”beneficiam empresas e colaboradores, é preciso que as responsabilidades também sejam assumidas por ambas as partes. Se de um lado as empresas tiveram que adequar suas metodologias de trabalho, de outro, os colaboradores devem, mais do que nunca, demonstrar maturidade, disciplina e comprometimento.
Isso porque o home office, embora possibilite trabalhar em ambientes e horários flexíveis, deve ser levado tão a sério quanto o trabalho realizado de forma presencial. Ou seja, os colaboradores devem estar disponíveis para atender às demandas, internas e externas, no horário comercial estabelecido pela empresa.
Outro ponto que requer atenção é a participação nas reuniões de trabalho virtuais. Por mais que o home office melhore a qualidade de vida e comodidade para trabalhar, essas benesses não podem ser tratadas como sinônimo de informalidade, beirando, em alguns casos, atitudes irresponsáveis.
Advogados trabalhistas já relataram por exemplo, casos de trabalhadores que apresentaram falsos atestados médicos para afastamento por covid-19 e foram flagrados fora do isolamento social, inclusive em festas.
Esses e outros comportamentos inadequados no home office – como participar de teleconferências com o rosto inchado de sono, vestido de pijama ou com sinais de embriaguez – dão à empresa o direito de advertir os colaboradores ou mesmo demiti-los por justa causa.
Para empresas que retomarão o trabalho presencial, os colaboradores que se recusarem a voltar podem igualmente ser dispensados, ainda que sob o argumento de receio de contaminação pelo novo coronavírus. Para solucionar esse e outros impasses, o ideal, em qualquer relação, tanto social quanto trabalhista, é cultivar uma prática que nunca sai de moda: a comunicação clara e objetiva.
Serviço essencial precisa funcionar presencialmente
Por prestar um serviço essencial, o Sicoob Engecred estabeleceu o modelo de home office apenas para as áreas que podem realizar atividades remotas. No entanto, dentro da cooperativa financeira, novos procedimentos foram desenvolvidos para continuar a atuar com o atendimento aos mais de 12 mil cooperados em Goiás e Minas Gerais.
A primeira medida foi intensificar o uso de canais de comunicação direta com os colaboradores. Todas as orientações para proteção individual e coletivas são periodicamente reforçadas. A área de Gestão de Pessoas também iniciou uma rotina de contato com os colaboradores para apoiar as mudanças de rotina, inclusive com orientação psicológica.
Por outro lado, os canais digitais do Sistema Sicoob são ferramentas importantes para auxiliar o cooperado a realizar suas transações financeiras de forma segura. Somente no aplicativo Sicoobnet, por exemplo, disponível para download nas lojas virtuais (Apple Store e Google Play), é possível realizar mais de 200 transações.
O que não mudou, mesmo com a pandemia, foi o atendimento de maneira personalizada que o Sicoob Engecred oferece ao associado. A cooperativa se esforça para atender todas as demandas de cada cooperado, inclusive, ofertando crédito com taxas ainda melhores neste momento difícil.
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