Uma nova forma de integração e compartilhamento seguro de dados de clientes e cooperados chega ao mercado financeiro brasileiro. Estamos falando do Open Banking ou sistema financeiro aberto. Por meio dele, clientes e cooperados de serviços e produtos financeiros poderão compartilhar seus dados cadastrais e transacionais com instituições autorizadas pelo Banco Central.

Além disso, poderão permitir que suas contas sejam movimentadas em diferentes plataformas, não se limitando apenas às oferecidas por uma instituição. Esse compartilhamento de dados, contudo, só ocorrerá mediante o consentimento do cliente/cooperado, em um processo digital gratuito e seguro, sob supervisão do BC.

E por que isso é bom para o consumidor? Segundo o Banco Central, é bom porque atualmente uma instituição não ‘enxerga’ o relacionamento do cliente com outra, tendo dificuldade para competir por ele com melhores soluções financeiras. Ou seja: o Open Banking vai ampliar a liberdade de escolha e incentivar a oferta de produtos e serviços a preços mais competitivos.

Como acontece a implantação do Open Banking no Brasil?

No país, a implantação da estrutura inicial do sistema é de responsabilidade do Banco Central. Além disto, o BC responde também pela fiscalização das instituições e por punições, caso sejam necessárias.

Para implantação do Open Banking, o Banco Central formou um grupo de trabalho com instituições financeiras do Brasil para que definissem as regras de funcionamento do sistema.

Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Federação Brasileira de Bancos, Associação Brasileira das Empresa de Cartões de Crédito e Serviços, Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos, Associação Brasileira de Bancos, ABFintechs e Associação Brasileira de Internet compõem o grupo de trabalho do BC.

Quais são as fases de implantação?

  • 1ª fase, em 01/02/2021:  disponibilidade de informações sobre atendimento e sobre produtos e serviços das instituições financeiras. Nesta fase, não haverá compartilhamento de nenhum dado do cooperado.
  • 2ª fase, em 15/07/2021: o cooperado poderá solicitar o compartilhamento de suas informações. Ou seja, já será possível compartilhar dados pessoais como CPF ou CNPJ, nome, telefone, endereços e informações a respeito de produtos e serviços e suas devidas transações naquela conta.
  • 3ª fase, em 30/08/2021: a partir desta data, será possível realizar pagamentos “fora” do banco, utilizando aplicativos, por exemplo. Além disto, o cooperado poderá compartilhar todo seu histórico de transações financeiras.
  • 4ª fase, em 15/12/2021: aqui, poderá realizar o compartilhamento de demais dados e serviços, tais como operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.

Quais são as vantagens do Open Banking?

Existem diversas vantagens associadas ao Open Banking no Brasil. Confira a seguir os principais pontos positivos da implantação do sistema:

  1. Maior competição de mercado: com o acesso as informações compartilhadas de usuários, será possível oferecer produtos e serviços com condições mais vantajosas e tarifas menores.
  2. Melhor experiência para o cooperado/cliente: no que diz respeito a utilização de serviços financeiros e produtos, principalmente se a pessoa for correntista em mais de uma instituição financeira. O Open Banking permitirá que o usuário tenha acesso a todas suas informações de maneira unificada, o que facilitará o controle de suas finanças.
  3. O cooperado volta a ser o foco e ter controle sobre sua vida financeira, por meio de um novo modelo de negócios;
  4. Facilidade para o cliente abrir contas e obter serviços e produtos de diferentes instituições financeiras, ao mesmo tempo.
  5. Fluxo mais transparente de informações, o que, futuramente, poderá facilitar deliberação de políticas de créditos melhores, além de contratamos com oferta de serviços mais adequados aos diferentes perfis e segmentos de clientes.

Medidas de segurança relativas ao Open Banking

A implantação do Open Banking no Brasil gerou algumas dúvidas e receios, principalmente em relação à segurança. Mas, pelo que acompanhamos até aqui, todo o processo é seguro para o cooperado, até porque, antes que suas informações sejam compartilhadas, ele deve estar de acordo com a transmissão de dados.

Neste contexto, é importante destacar ainda os seguintes pontos:

– Os dados dos clientes devem ser assegurados pelas instituições financeiras, mediante consentimento, autenticação e confirmação do usuário, que terá total controle de suas informações;

– O processo ocorre em ambientes digitais, o que exige etapas de segurança com devidas autenticações de cliente e instituição;

– Somente poderá participar do Open Banking as instituições financeiras e de pagamentos autorizadas. Confira aqui a lista de instituições participantes do Open Banking;

– Todos os envolvidos devem seguir as regras de segurança cibernética e, se não forem seguidas, as instituições devem ser punidas por isso;

– A supervisão do Open Banking é feita pelo Banco Central do Brasil.

Open Banking chegou para revolucionar a forma de lidar com o compartilhamento de dados de cooperados e clientes. E por falar em revolução, caso você ainda não faça parte do universo cooperativista, venha somar forças com a gente! Seja um associado do Sicoob Engecred e descubra todas as vantagens, incluindo a participação nos resultados.